É quando o disco da lua minguante, fino, diminui até desaparecer,
mostrando a verdadeira face oculta da lua.
Os povos antigos nesta época reverenciavam as Deusas Escuras e
dedicavam-se a rituais divinatórios, de cura e transmutação.
Quando as sociedades patriarcais começaram a imperar não
compreendiam “ o desaparecimento da lua” e começaram a surgir
lendas e superstições sobre demônios ou forças malignas que
comiam a lua. Assim, acreditavam que a Lua Negra representava
poderes destrutivos, tempestades, secas, guerras, doenças, momento
em que os fantasmas e espíritos maus vinham a Terra e quando as
“ bruxas “ executavam rituais de magia negra. Achavam, também,
que neste momento seres do mundo subterrâneo apareceriam em
forma de serpente ou com serpentes nos cabelos.
A verdade real é que a Lua Negra facilita acessar mundos e planos
sutis e as profundezas da mente; é favorável para trabalhos de
transformação e renovação; para desvendar mistérios e sombras do
nosso inconsciente; tem o poder de criar e destruir; curar e regenerar;
descobrir e fluir com o ritmo das mudanças e ciclos naturais; reconhecer
e integrar nossa sombra.
É comum presenciarmos a transição entre a destruição do velho e a
criação do novo. É um período favorável para rituais de cura, renovação
e regeneração. Este processo de transformação destrói padrões
ultrapassados de condicionamento, comportamento e estruturação,
liberando-nos do que não serve mais, do que é limitante,
impedindo nossa expansão.
Objetivos dos rituais nesta fase:
- remoção de uma maldição,
- correção de uma disfunção,
- afastamento dos obstáculos ou dificuldades em realizações
afetivas ou profissionais,
- limpeza de resíduos energéticos negativos de pessoas, objetos, ambientes,
- preparação e imantação do espelho negro,
- entrar em contato com ancestrais.
Deusas reverenciadas nesta fase:
- Hécate,
- Medusa,
- Kali,
- Ereshkigal,
- Hel,
- Sekhmet,
- Sheelah Na Gig,
- Oyá,
- Cailleach.
Palavras chaves para rituais nesta fase:
- contemplação,
- finalização,
- dissolução,
- introspecção,
- tradição,
- sabedoria,
- morte,
- transmutação.
Elementos ritualísticos para rituais nesta fase:
- velas pretas, para afastar negatividades,
- velas brancas, para novos inícios,
- velas vermelhas, para a realização,
- xale preto, relacionado com a Deusa Anciã,
reverenciada neste período,
- galhos e folhagens secas,
- penas pretas, pelo de cachorro ou lobo,
- teia ou imagem de uma aranha,
- representação de uma serpente,
- caldeirão, para transmutar as energias negativas,
- o espelho negro ou bola de cristal,
- o tarô ou as runas para orientação e autoconhecimento,
- meditação ao som do tambor.
Na Lua Negra também conhecida como Lua Balsâmica,
aprenda a se desapegar do velho para abrir espaço para o novo.
Transforme seus desejos em amor por si próprio (a) e compaixão
por todos. Liberte-se de sua falsa identidade e busque sua
verdadeira sabedoria.
Invoque a Deusa da Compaixão e peça-lhe para abençoá-lo (a) com
a sua luz e seu amor, regenerando sua vida. Dissolvendo as limitações
de seu ego, para se tornar uma fonte de amor e abundancia para todo o mundo.
Fonte de pesquisa: O Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur
DEUSA HEL (minha versão) |